domingo, 21 de março de 2010

As cores de Manoel de Barros

... um relato em teatro e poesia


da Oficina de Criação Teatral no III Festival de Verão da Fundação Nelito Câmara em Ivinhema


Era manhã... numa tarde ensolarada

Onde os atores chegavam,

N’uma trupe alvoroçada,

Rindo e tremendo de ansiedade para a Oficina desejada


Cantando em roda e brincando

Estava aberta a temporada

Foram três dias e três noites

De uma Oficina acalorada


Os atores se esticando,

Cantando e improvisando,

As poesias de Manoel

Iam então se transformando


De pedra, peneira e sapo

A poesia se revelava

Em cenas, gestos e atos

Já se criava o espetáculo


Quando tudo estava pronto

Seguiu nas ruas o cortejo em canto

Com tambores e bandeiras

E o povo todo em Ivinhema era só encanto!


Na entrada, na Fundação Nelito Câmara

Junto a nós iam chegando

Crianças, velhos e araras

Violas já estavam tocando


Foi então que se deu

O que todos aguardavam

As poesias do Manoel

Em cores se apresentavam


Nos corações daquela gente

O sorriso se alargou

Entre aplausos, Ricardo todo contente

Agradeceu a Oficina de Criação Teatral que então se apresentou


E falou para todo mundo

Que foi o Pontão de Cultura Guaicuru que enviou

A atriz Michelly Dominiq

Que sem demoras o convite aceitou


E assim para terminar

Vale então agradecer

Ricardo Piereti, Andréa Freire e Camila Jordão

Que fez toda essa festa teatral poder acontecer!


Com Carinho,

Michelly Dominiq

Haiwana encerra o III Festival e Verão

Na praça movimentada nas altas horas de sábado 23 de janeiro a Banda Haiwana plantou seu rock. Com músicas de letras, a maioria anos 80, ela saudou o velho poeta. Andarilho do mundo, antenado em seu tempo, Manoel de Barros por fim é pop.

O lirismo de Manual de Barros

A poesia de Manoel de Barros vivida sem palavras. As formas as cores, os personagens. Bonecos humanos. Troços de universo. Pouco de tudo. Muito de nada. Manual de Barros, da Arte e Riso Cia de Animação, encerrou as representações neste Festival das várias linguagens do múltiplo Manoel com a delicadeza minimalista de sua imagem poética.





 

A fábula de ser criança

Passear nas páginas dos livros de estórias foi possível na apresentação da peça De Médico e Lobo Todo Mundo Tem Um Pouco. O espetáculo infantil da Arte e Riso Cia de Animação fez com que as crianças do III Festival viajassem na imaginação e a ampliassem as cercas do mundo.





sábado, 20 de fevereiro de 2010

O céu da Revoada Pantaneira

O universo sertanejo traduzido na mistura dos instrumentos clássicos e nas violas caipiras. A orquestra na praça. O povo. O público. As estrelas encheram o céu de Ivinhema para ouvirem os violinos enaltecerem nosso sertão, nosso cerrado. Música para as árvores de Manoel de Barros.










Fotos: Paulo Cezar Ramos

O Homem de Lata e a Catadora de Pregos

Nos poemas de Manoel de Barros nasceu a primeira peça do teatral Desnudos de Nombre, grupo nascido de ex-alunos da Casa de Ensaio. A Bailarina e o Homem de Lata mostraram a doçura do sonho realizado.








Fotos: Paulo Cezar Ramos

O surpreendente Filipe Catto

Uma voz de veludo antigo áspero em uma interpretação contemporânea e um violão clássico. Essa é apenas uma das várias definições contraditórias que se pode fazer sobre a beleza da performance de Filipe Catto. Noite memorável de descobertas e variações. Poesia pura, inaugural, fora do riscado simplista. Um garoto antigo com atitude moderna, destemida, dramática. Experiência de êxtase para o público do III Festival.

Aplausos para Filipe Catto e Ricardo Fá.




















Fotos: Camila Jordão

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Arte também nas ruas

Quem estava a toa na vida andando centro em fim de tarde viu passar o cortejo do Desnudos de Nombre. Grupo de teatro nascido no seio da Casa de Ensaio, entidade campo-grandense que sonha como a nossa Fundação Nelito Câmara, os Desnudo passearam pela avenida avisando que a noite teria espetáculo, sim senhor!.





As cores de Manoel na apresentação do grupo de Criação Teatral

A imaginação se instalou na oficina de Criação Teatral apresentada pela atriz Michele Dominique. Em três dias de contato com as principais técnicas de atuação e montagem de um espetáculo, os participantes mostraram o resultado da ação com um cortejo nas ruas da cidade e uma apresentação no palco do Festival. A criação se deteve nas cores de Manoel de Barros e em novas possibilidades de sua poesia. A oficina foi uma parceria com o Pontão de Cultura Guaicurus de Campo Grande.









Fotos: Camila Jordão

Onde tem palhaço, tem criança

O Teatro Universitário de Dourados fez as crianças de todas as idades entrarem no mundo mágico da fantasia. Onde Vai Palhaço, Vai Bruxa, Vai Flor mostrou a irreverência do texto de Gicelma Chacarosque e encheu o pátio da Fundação Nelito Câmara de gargalhadas. De tarde e de noite os risos se renovavam e a alegria tomou conta do III Festival.